quinta-feira, 1 de maio de 2014

Nó, de Bruna Vieira.

esses dias a minha vida tem sido uma completa montanha-russa. meu humor está muito mais difícil de suportar. a facilidade em como as coisas saem do ótimo pro péssimo - e vice-versa - chega a me assustar. Luma em completo nó está de volta.

hoje eu abri o depois dos quinze, da Bruna Vieira, só pra me giletar. dar uma sofrida proposital. e achei isso:

"

A gente pode dar um nó por mil motivos nessa vida. Não é uma decisão fácil, e nem todo mundo consegue fazer exatamente quando quer. Às vezes, acontece. Sem motivos explicáveis ou todos do mundo. Queremos parar de tropeçar, proteger, afastar ou segurar alguém. Um sentimento. Um breve momento que seja.

Um laço mal dado também às vezes vira um nó. Acontece sempre quando a gente quer que dure mais tempo do que realmente deveria durar ou quando não temos tempo e alma pra fazer. Um passo, dois passados, um tropeço. Desamarrou, embolou e deu nó.

Algumas pessoas não conseguem desfazer o próprio nó. Vivem, incansavelmente, buscando uma maneira de fazer com façam isso por elas. Beijando, bebendo, enlouquecendo e esticando a corda até  quase o limite.  Assim não funciona, o nó aperta e fica mais forte. Dia após dia.

Alguns nós não podem ser simplesmente desfeitos. São eles que seguram nossa alma dentro do nosso próprio corpo. Eles que nos fazer aguentar firme as quedas que a vida dá todo dia. Seja continuando lá, ou na hora certa, desaparecendo, pra que finalmente percebamos que nossa corda é mais longa do que imaginávamos. Ou que lá embaixo, no fundo do poço, existe alguém olhando pra cima e com os braços abertos.

Quer saber? Chega dessa coisa de alma gêmea. Sempre existirá alguém, e não necessariamente será essa pessoa sempre. A dura realidade é que nós seres humanos não fomos feitos pra eternidade. Assim como o que sentimos. Seguimos em frente, e levamos o melhor o pior de tudo aquilo que vivemos. Pra da próxima vez, nos próximos nós que surgirem, consigamos nos libertar sem sofrer pelas mesmas dores.

Tudo isso porque, independente de quem você seja ou com quem esteja, no final, será sempre só você e esses grandes e (quase) impossíveis nós."

gente, não sei nem o que comentar (sério). talvez daqui um tempo eu compartilhe meus sentimentos, mas agora só queria que vocês pensassem nos respectivos nós. pensem mesmo, pensem nos que ataram propositalmente, nos que vieram com o tempo, nos que surgiram do nada, nos que você precisa desatar e nos que quer manter.

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bom, eu disse que em algum momento iria compartilhar meus sentimentos, pois bem.

quando a ideia do veio a minha cabeça (já expliquei aqui), era realmente algo negativo, do tipo "oi, estou presa, angustiada, mas não sei como sair daqui!". queria desatar tudo, tirar tudo aquilo de mim - não me levem a mal, só queria me livrar da dor.

sei que, ao ler esse texto, algo mudou (e ao ver as reações das minhas amigas também). alguns nós precisam existir, aqueles que fazem parte da sua vida e que te fazem bem, te completam. afinal, o que vida se não um longo atar e desatar de nós? nós do tipo que achou que sempre existiriam, do tipo que quis que nunca existisse. do tipo que vai sempre existir, do tipo que vai ser passageiro, ou do tipo que nunca vai desatar por completo. do tipo que nem a distância vai desafrouxar, nem o tempo e nem nada, porque tem nó que é maravilhoso de ter na vida. tem alguns que estão ali pra ser parte da sua corda de salvação e não da sua forca (como insistia em pensar).

às vezes é simplesmente perfeito se atar a alguém. não hesite em criar mais do que nós, crie laços, crie ligações fortes o bastante pra fazer a sua vida bem borbulhante. 

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