quarta-feira, 6 de março de 2013

Primeira Aula

A falta de espaço por aqui chega a ser cômica, ao que parece ninguém quer estar nessa sala, abafada e abarrotada, ouvindo esses professores discursando sobre o curso. Vamos descobrir, não é mesmo?
A garota na minha frente está vendo fotos de si mesma há um bom tempo, ela parece preocupada demais em parecer igual em todas elas. O garoto ao lado dela dorme, sonha com um momento melhor. Alguns tantos brincam com os cabelos, escrevem em seus cadernos ou atualizam o status de seu facebook com uma frase de um poeta famoso.
E eu? Só penso que poderia estar lá fora, na grama, olhando o céu azul, o sol entre as árvores, lamentando a morte daquele cantor, mas também celebrando a vida, sabendo que ele sempre me ensinou que existe sempre um jeito de se poder chegar. Que seremos donos do nosso amanhã, se estivermos unidos, em sintonia com os nossos sonhos mesmo se não formos iguais, pois não somos iguais!

Efêmero é a tatuagem no braço de alguém. E é interessante tatuar isso na pele e a aceitara a nossa própria efemeridade. Ter marcado em si que tudo tem um fim.
Assim como essa aula. Assim como esse meu luto. Assim como esse texto.

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