domingo, 14 de agosto de 2016

Católica? Eu?

Nasci e cresci dentro da Igreja Católica. Minha família, como um todo, é extremamente praticamente, inclusive eu: fui coroinha, participei de variados ministérios e projetos dentro da paróquia.

Quando criança, ia por convenção familiar. Todos iam, eu ia. Quando adolescente, na época do crisma, realmente achei que era o que eu queria pra mim, mesmo que houvessem muitos questionamentos na minha cabeça. Mesmo todos querendo mudanças no que eu sou pra ser pertencente de algo. Foi também nessa mesma adolescência que eu tive interesse real em ler a Bíblia e conhecer a palavra de Deus além das leituras semanais ou das palestras. E foi quando as coisas começaram a perder sentido pra mim. Mas eu permaneci firme. Com alguns deslizes aqui e ali eu continuei dentro da Igreja. 

Fui muitos pelas pessoas. Grande parte das amizades que tive na vida eram oriundas disso. Grande parte dos meus relacionamentos amorosos também. Isso era um gancho. Isso me mantinha lá, me mantinha presa. Mas não me mantinha saudável. Os outros fiéis cansaram de me ver chorando nas missas ou nos encontros de jovens, porque era doloroso. Eu queria acreditar, mas eu me sentia suja, imoral. Boa parte das minhas confissões eram sobre como eu não sabia acreditar de verdade em nada aquilo, em como era só algo que eu precisava pra me fazer sentir melhor, como um tapa buraco. Ser cristã era uma grande necessidade pra mim.

Quando eu finalmente percebi que ia à Igreja por todos os motivos errados, eu parei. Me desprendi de tudo e estou há um ano sem saber como é uma homilia. Mas não perdi tudo ainda. Aprendi a amar acimas das diferenças. Aliás, isso é uma coisa que todos precisam aprender. Amar acima das diferenças. Infelizmente, a maioria dos cristãos que conheci usam a religião como um véu de santidade e nem preciso ir além já que conhecemos casos e mais casos que são do conhecimento público. Isso desanima. Já que ser Igreja é ser comunidade. São as pessoas que fazem diferença nesse momento e saber que a maioria delas é hipócrita não facilita nada.

Religião e política andam de mãos dadas e isso é uma grande merda. O desejo insano da Igreja querer se envolver com questões do Estado também não ajudaram. Mas isso pode ser tema pra outro texto.

Esse aqui é um desabafo. A Igreja mudou minha vida, mas porque ela me ensinou a acreditar no amor. O mesmo amor que eu tento, aos tropeços, transparecer ao mundo. O segredo é o amor.


P.S.: Ironicamente, minha mãe me disse que hoje faz 22 anos que fui batizada. 

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Primeiro Semestre - Um Resumo

O primeiro semestre acabou! E só por ter sobrevivido eu já estou feliz.

Eu demorei um pouco pra me adaptar. Estava acostumada a voltar pra casa depois do trabalho, assistir filmes, séries, dormir mais cedo, ficar com a Alice, minha família, etc. De repente eu tinha trabalho pra fazer e muito sono pra lidar. E pessoas, muitas pessoas.

To trabalhando, to estudando, conseguindo ir bem, não deixei de entregar nada. Talvez meu quarto esteja pagando o preço por isso, porque eu realmente não sei mais onde está nada. Nada mesmo. E sinto muita falta da Alice. Mesmo sendo introspectiva - até com minha filha, sinto falta da presença dela. 


A Anhembi é uma universidade que envolve muito a prática. Mesmo com teoria, você já entra tendo que desenvolver muita coisa, muito texto, muita pauta, muita matéria, o que já é muito diferente do que eu tava acostumada com a USP, voltada muito mais pra teoria e só teoria. Tanto que uma das melhores experiências que tive esse semestre foi visitar a redação do Estado de São Paulo, que me animou e reforçou em mim querer ser transmissora de informação (espero continuar assim pelos próximos semestres).

Fora que eu conheci pessoas maravilhosas. ASSIM: MA-RAVILHOSAS!

Segunda começa o segundo semestre, então quem sabe nas próximas férias eu escrevo mais alguma coisa.

Até la. 

quarta-feira, 2 de março de 2016

estudar? estudar!

não é segredo pra ninguém que eu abandonei o blog. já expliquei mais de uma vez, mas agora vou dar um bom motivo, algo maravilhoso, aliás - e, pela primeira vez, estou falando sério. COMECEI A CURSAR JORNALISMO. 

quando larguei letras, perdi o chão. eu realmente achava que estava no caminho certo nos primeiros passos e quando joguei tudo pro alto perdi toda a segurança que tinha criado. arrisquei como nunca tinha feito antes. mas não me arrependo. estou hoje começando algo que decidi com calma, que pesquisei e analisei. 

não posso afirmar que não é mais um passo em falso e que vai dar tudo certo, mas só sei dizer que estou feliz. feliz por ter algo que vai agradar meu lado racional e emocional. por fazer algo por mim depois deter me colocado em segundo, terceiro, quarto plano.

parte de mim quer acreditar que esse período de falha criativa estava ligada a essa espera tortuosa. então, só agradecer a todos os que fazem parte do nó, por me fazerem acreditar, mesmo na simplicidade, que posso fazer a diferença com minhas palavras.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Wishlist

Com meu aniversário tão perto, é hora de publicar minha wishlist desse ano. E pensei, pesquisei, perguntei, mas, sinceramente, não consegui fazer nenhuma lista. Só consigo pensar no quanto quero meus amores comigo nesse dia. Pra comer, beber, dar risada e ver o quanto sou sortuda por ter todos que amo tão perto de mim. A cada dia que passo, tenho mais certeza (e luto pra manter essa certeza viva) que são esses dias simples, cotidianos, comuns e toda a presença que tornam a vida mais fácil de ser suportada. 

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Meu ano na música

Ontem, 08.12, o spotify liberou o Year in Music, um aplicativo que resume os nossos momentos musicais, com os álbuns, faixas e artistas mais tocados. O resultado não me surpreendeu, já que eu não consigo passar meu dia sem ouvir música. Uso pra trabalhar, nos meus trajetos, pra tomar banho, pra cozinhar, pra tudo. Se eu não estou ouvindo algo, é como se tudo perdesse um pouco a cor e até a graça. Mas como sou melancólica, acabo escutando mais músicas tristes e mais introspectivas, que tenham uma melodia mais densa ou uma letra mais sentimental. As letras das minhas músicas mais queridas falam tudo o que eu não sei ou não sou capaz de dizer. As melodias tocam junto com meus batimentos. As mais animadas me colocam pra dançar e me alegram, me fazem acreditar em coisas boas e nos sorrisos mais simples. Uso a música pra auxiliar a suportar o meu dia-a-dia, que tantas vezes é cansativo, tanto fisicamente, quanto psicologicamente. Elas me guiam, me ajudam a trilhar os caminhos e até minhas decisões. As músicas refletem a minha alma e a preenchem como, muitas vezes, nada no mundo consegue.

Chega de mimimi né, ó meu ano no spotify:























Infelizmente, não possuo conta Premium (quem quiser me dar de aniversário, estou aceitando), então também dei uma olhadinha na minha Lastmfm:
















O que eu tenho a dizer com esse monte de baboseira é que não importam as suas preferências musicais, o que vale é o quão representativa a músicas é na sua vida. O quanto cada faixa ilumina os seus dias. Jeneci é disparado o artista que mais me alegra e, ao mesmo tempo, mais me entristece. São vários sentimentos, os quais só tenho a agradecer por existirem.