estou passando por uma fase mais melancólica do que o normal (tpm) e isso faz com que todas as músicas, livros e filmes sigam essa linha também (afinal a solução é ficar mais triste). acabei assistindo Her mais do que pode ser considerado saudável e é justamente sobre esse filme que quero falar pra vocês (sinceramente espero que já conheçam).
Her, conta a história de Theodore, um escritor de cartas (sim, ele escreve cartas pelas pessoas) melancólico e solitário. o seu tempo fora do trabalho é gasto com jogos, pornografia, chats com mulheres aleatórias e encontros corriqueiros com seus amigos, tudo para, teoricamente, esquecer sua ex-mulher.
ele instala Samantha, um sistema operacional interativo, que se adequa ao usuário, ela organiza e-mails, agenda e, de um jeito único, cuida do usuário. os problemas começam quando Samantha começa a criar desejo por sentimentos e quando Theodore se apaixona por ela. agora, imaginem como é se apaixonar por um sistema operacional (android, eu te amo, mas vamos com calma). nesse meio, podemos ver que o filme fala sobre a forma como nos relacionamos com a tecnologia, como o vazio e a ausência de relação com outras pessoas influencia por completo os nossos sentimentos. ele é cheio dessas ~crises sentimentais~, típicas de todo ser humano que se preze.
fora todo esse estudo sobre as relações humanas, o filme tem uma fotografia esplêndida, que foca em tons pastéis e uma iluminação maravilhosa, que se opõe a ilusão de um futuro todo prateado e com carros flutuantes em todo canto.
ele também tem uma trilha sonora bem trabalhada e delicada.
bom, assistam. acredito que é um dos melhores roteiros do cinema. Spike Jonze não ganhou Oscar de Melhor Roteiro Original à toa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário