por anos na escuridão esperei enxergar a luz no fim do túnel. procurei sem parar por esse brilho que me traria paz e sossego. não permiti que meus olhos se acostumassem com a ausência da luz e fui refém do meu próprio desejo. fui refém de um sonho que nunca se tornaria realidade. refém de uma vontade estúpida e sem sentido. pra quê então, a própria luz viesse a mim. uma luz singela, mas real. um detalhe que não me cegou, mas me fez sair da cegueira. eu sempre dei valor aos detalhes. e pelo menos nisso sempre estive certa. são todos os "bom dia" que fazem diferença. todas as risadas, cafés da tarde e conversas corriqueiras. é sempre a presença que muda os nossos conceitos. essas presenças que fazem falta, que fazem os domingos ser muito mais significativos e prazerosos. são sorrisos à toa. risadas verdadeiras. é a impossibilidade de saber dizer o quanto alguém é importante pra você. mas ter a certeza de que a vida é muito mais vida. é ter os presentes mais simples e os mais comoventes. todas as páginas que posso dar e receber. todos os textos que posso ler ou escrever. todas as palavras que me comovo a ouvir ou a dizer. todos os sonhos que não tenho medo em compartilhar. é a minha própria luz. uma luz que não cega, aquece. meu sol.
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