Hoje eu tive uma dessas. Vi um mundo completamente destruído pelas minhas atitudes. E vi mesmo, era tão claro que não tinha como não acreditar. Tinha decidido simplesmente desistir, aquela vibe que nada na sua vida pode dar certo de tão podre que seu dedo é. E privar as pessoas da minha presença (não da minha existência, não sou do tipo extremista).
O peso da culpa pesava tanto no meu peito que nem sei como fiquei em pé por tanto tempo, ou como caminhei por tantos minutos. Eu só queria gritar e nem isso podia fazer. Meu grito ficou preso na garganta. Mas as lágrimas não. E chorei. Chorei de raiva. De mim mesma. De querer fazer o melhor pras pessoas e sempre descobrir que foi o pior. Que cada palavra de consolo só pode ter piorado tudo. Que cada vez que fiquei por perto, fui mais o problema do que a solução. Que simplesmente era boa em trazer a infelicidade pra pessoas.
Foi quando lembrei da minha vida. Descobri o mundo sozinha, aprendi a viver sozinha, porque agora simplesmente ia ser diferente? Não dá pra depender de ninguém, eu já tinha aprendido isso antes. Foi então que entrei nessa outra noia. Além de ser ruim para quem amo, não sou necessária. A ausência das pessoas pode ser mais fácil de lidar do que parece.
Para ter a capacidade de ser líder de si mesma é necessário, antes de mais nada, ser capaz de perdoar a si mesma. Se seu coração não é capaz de lhe ter compaixão, alegre-se, pois agora ele também sofre.
ResponderExcluirÀ parte isso, lembre-se de Charles Schulz: "não pretendo entregar ao cemitério mais do que a carcaça de uma vida bem vivida".
O nó que nossa cabeça entra muitas vezes é o nó que amarra a vida na morte. Assim a vida passa a ser a vida sem vida. Desta então resta apenas esperar a hora do enterro. O desafio é como achar o nó que amarra a vida na vida.
ResponderExcluirPenso que a culpa amarra na morte, mas que o perdão que não reconhece o erro como erro, assim também o faz. Talvez o nó que nos amarre na vida seja a compreensão de que o erro ou o acerto não é o fim de nosso caminhar, neles não habitam o sentido da vida, mas sim na relação que tenho e o produto que tenho destas relações é que dão o sentido do porquê continuar. Assim se a relação que produzimos com erros e acertos for de aprendizagem, ao final da vida seremos ricos tendo muito errado ou muito acertado.
E mais amaremos mais e seremos mais amados porquê não existimos mais em nossa vida e nem na do outro para faze-lo bem, mas simplesmente para ser eu.
Um ser de erros e acertos que não está para acusar e se sobre pôr quando acerta e nem para ser julgado e pisado quando erra, mas um ser que aprende e não se cansa de aprender."...cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz..."Gonzaguinha
Um abraço fraterno com amor e desejo que eu e você vivamos com vida na vida.
Bjs bjs